03/05/2007

Nem tudo é (muito) mau!

Luís Freitas Lobo é um jornalista que parece cair no goto de muita gente. Pessoalmente, pouco conheço dele. Parece-me uma pessoa bastante mais ponderada e nada faccioso. Uma pessoa, que bem ou mal, vê o futebol com uns olhos de admiração pelo desporto, sem qualquer tipo de segunda intenção ou "secret agenda".

Terça Feira vi partes do Liverpool - Chelsea. Não vi tudo porque aquilo de futebol tem muito pouco. Só vale a pena pelo ambiente do estádio (que é fantástico) e pela emoção de uma meia final da Liga dos Campeões. Agora futebol, futebol, pelo menos daquele que eu gosto, zero.

Gostei foi de ouvir Luís Freitas Lobo a fazer uma analise perfeita ao Peter Crouch, analise que nunca tinha ouvido ninguém fazer e que corresponde perfeitamente a minha opinião e ao que eu acho que é a realidade:
"Apesar da altura que tem, Peter Crouch não se notabiliza pelo jogo de cabeça - que eu acho péssimo - mas sim pelo bom jogo de pés. Para um jogador com aquela altura marca pouquíssimos golos de cabeça". Foi mais ou menos isto que ele disse, pelo menos a ideia geral é esta. E é completamente verdade. Para altura que aquela estaca tem realmente poucos golos de cabeça marca. Cabeceia bastante mal. O seu jogo de pés é bastante mais produtivo.

Gostei de ouvir. Claro que depois tive que ouvir que o Chelsea tinha azar com a lesão de Schevechenko, "porque estava em grande forma"... mas valeu pelo comentário ao Crouch.

23/04/2007

Mongoloide

Para abrir e para começar com sonoras gargalhadas, tenho que falar deste cromo que escreve para uma coisa que se diz site chamada sportugal. Nesta crónica, Pedro Guerra escreve das mais variadas baboseiras que eu já alguma vez li. Mesmo, segundo ele, não sendo jornalista uma pessoa que escreve num site que tem fins económicos deveria ter mais pudor. Mas não, este rapaz esgrime ódio a torto e a direito, ódio aliás que lhe deve comer as córneas e toldar a visão. Vamos então, dissecar partes do artigo:

"O que eu temia aconteceu.
O Benfica foi prejudicado pelo árbitro e a claque do FC Porto confirmou a sua forma arruaceira de estar, pondo em causa a saúde de vários espectadores."

Ora bem. O rapaz temia. Temia que o benfica fosse prejudicado pelo árbitro (golo do benfica foi ilegal, com David Luiz em fora de jogo) e a claque do FC Porto pôs em causa a saúde de vários espectadores. Em relação aos Super Dragões realmente não há muito a dizer. Nem mesmo as dezenas de garrafas de vidro que choveram vindas de adeptos benfiquistas a quando da entrada dos Super no estádio justificam o comportamento que tiveram depois. Mas estamos a falar de claques de futebol. Estavam à espera de quê?.

"Justificar o comportamento dos seus adeptos com o espaço que o Benfica escolheu para a instalação da sua claque é chocante e diz tudo acerca da forma de estar do clube portista."

Mais uma vez o caríssimo Pedro Guerra não menciona as garrafas de vidro que voaram para cima dos adeptos do FCP. Mas que interessa, não é?

"O acintoso comunicado do FC Porto leva-me a perder pouco tempo sobre a actuação do árbitro. Pedro Proença voltou a prejudicar o Benfica, numa espécie de máxima “a tradição ainda é o que era”.
Gostava de perceber por que razão o árbitro mandou repetir o livre que deu o golo de Pepe. Para os mais distraídos, Quaresma marcou o livre e Quim defendeu. Estranhamente, Pedro Proença mandou repetir o lance por alegado desentendimento na grande área entre Anderson e Pepe, uma situação comum neste tipo de lances."

Ora bem, Pedro Proença voltou a prejudicar o Benfica. No golo do benfica, há um fora de jogo claro de David Luiz e Pepe sofre uma falta clara que o impede de se fazer ao lance. Mas o benfica foi prejudicado, certo. Na primeira parte há uma falta na área mais que evidente sobre o mesmo Pepe, falta que o árbitro "não" viu.
No lance do golo do FCP o Pedro Proença mandou repetir e sinceramente fez mal. Deveria era marcar o penalti directamente, em vez de pedir repetições. Mas não, mandou repetir, a maneira mais fácil de escamotear faltas na área, como todos os árbitros fazem.

"Lamentavelmente, o mesmo rigor do árbitro não se verificou quando o remate de Nélson foi parado pela braço de Bosingwa dentro da grande área portista."

Um chuto a 1 metro de um jogador, é penalti quando a bola bate no braço. Este rapaz é mesmo doente.

E ficamos por aqui nesta crónica, que já tem algum tempo mas é tão divertida que teria que ser a primeira a ser posta em evidência neste site.

Em suma, para Pedro Guerra, o benfica empatou por causa do árbitro e os Super Dragões são uns arruaceiros por terem respondido a agressões físicas na mesma moeda.
O benfica empatou não porque tem um plantel extremamente limitado, um treinador cobarde e um presidente com uma política do quero, posso e mando facilmente identificável com o antigamente.

Sem auto crítica e justificando os nossos erros com os erros dos outros, nunca se melhora. Pedro Guerra é o protótipo do adepto do benfica preferido dos Portistas e dos Sportinguistas.

Mas porque é que Pedro Guerra tem esta visão das coisas? É fácil perceber:

Com este focinho, queriam o quê?

Prefácio

A cada segundo que passa, a comunicação social lisboeta fica mais histérica. Comentário após comentário, crónica após crónica, relato após relato o público inteligente vai-se queixando, comentando entre si o veneno lançado por pessoas que deveriam ser imparciais.

Ultimamente, e exacerbado pelo Apito Dourado tem-se assistido a um proporcional aumento do fervor clubístico em pessoas que se dizem isentas exactamente proporcional à perca de vergonha no comentário, no relato, na crónica.

Muita gente se questiona como pode lutar contra isto. Iniciativas têm sido tomadas em comunidades online onde se envia emails a A) ou a B) mostrando o descontentamento com os orgasmos que o relatador de serviço da TVI tem quando o Simão marca um golo ou quando o António Tadeia consegue dizer que Leo não comete penalti sobre Luís Garcia.

Para responder a isto, Michael Knight (eu!) e o MacGyver unem-se em mais uma iniciativa. Neste blog - Jornalismo que Engana - iremos postar exemplos claros de tendenciosismo e falta de vergonha tentando explicar o porquê de eles acontecerem, individualizando sempre face ao seu autor.